domingo, setembro 22, 2013
Emigração portuguesa através dos séculos ( II )
Mala
de estrutura de madeira e exterior de cartão prensado.
Estima-se que seria usada na primeira metade e meados do
século XX.
A tendência dos portugueses em emigrar
oceano fora viria a alterar-se com a afluência a países europeus, sobretudo a
França, em virtude da necessidade de reconstrução deste país após a Segunda
Guerra Mundial (1939 – 1945) e das dificuldades por que passavam essencialmente
as populações rurais em Portugal. É entre 1946 e 1955 que irá iniciar-se uma
nova fase da emigração portuguesa, que decorrerá até meados dos anos 70. Foi
neste período que se registaram os valores mais elevados da emigração em
Portugal, podendo afirmar-se que entre 1960 e 1974 terão emigrado mais de 1,5
milhões de portugueses.
Destas saídas o maior número são
clandestinas. O máximo de saídas foi registado em 1970, sendo ilegais mais de
metade. Entre 1969 e 1973 pelo menos 300 mil portugueses saíram ilegalmente do
país, “a salto”, como era corrente dizer-se.
Este fenómeno (emigração para a Europa)
verificou-se essencialmente durante a Guerra Colonial. Daí que muitos o
fizessem para “fugir à tropa” e não apenas por questões económicas. Na década
de sessenta o principal destino foi a França, mas, nos primeiros anos da década
de setenta, a Alemanha começou a surgir como destino preferido.
Actualmente tem-se verificado um fenómeno
emigratório de características bem diferentes, visto que se trata, na sua
maioria, de gente qualificada. Na verdade, mais de metade destes emigrantes são
jovens que completaram o Ensino Secundário ou Superior. Partem devido ao
aumento do desemprego nacional e aos baixos salários. Os destinos não são muito
diferentes: França, Suiça, Angola, Moçambique, Brasil, Inglaterra…De salientar
que nestes emigrantes se incluem investigadores, pelo que estamos a exportar
importantes recursos humanos qualificados, recebendo em contrapartida
mão-de-obra barata e sem qualificação.
Texto e foto de Iracema Leitão
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