domingo, dezembro 25, 2011
Feliz Natal e Bom Ano de 2012!
Encaminhamo-nos para o fim de mais um ano e início de outro.
Em 2011, como nos anos anteriores, convivemos com tristezas e alegrias.
É tempo de entrarmos no novo ano com optimismo, ultrapassar as dificuldades que sempre existem, principalmente nos tempos que correm.
Aqui estaremos para dar eco a qualquer comunicação que se dignarem enviar-nos.
Desejamos a todos um Feliz Natal e BOM ANO NOVO.
AM
quinta-feira, dezembro 01, 2011
Segundo ano de blog
Em 2010-11-19 foi instalado o contador de entradas no blog ("Bravenet Free Counter") que permite conhecer o número de entradas, novos visitantes e mesmo verificar de onde são os visitantes mais recentes, entre diversas outras estatísticas interessantes.
É simples, participar através do e-mail : chaosdemeda@gmail.com , acessível em qualquer parte do mundo.
Aqui ficam algumas curiosidades com referência ao último ano:
Visitantes ........................................... 2.268;
Têm acedido ao blog pessoas das várias regiões de Portugal e de diversos países da Europa, principalmente da França, mas também do Brasil, USA (Estados Unidos), São Tomé, e Canadá.
Contamos com a colaboração de todos os que quiserem participar para que este seja um ponto de encontro para os naturais e amigos de Chãos, onde quer que se encontrem. Mande notícias, fotos, novas ou antigas. Consulte, reveja notícias e informação antiga no blog e participe! Não se preocupe com a forma, a escrita e a estética, que nós o faremos aquando da inserção no blog.
Neste último ano salienta-se, por ter sido a mais relevante, a participação da nossa conterrânea Iracema Azevedo Leitão que deu novo fôlego ao blog, com memórias interessantes da vida da aldeia, quer com textos quer com excelentes fotos.
sábado, novembro 05, 2011
Fauna e Flora 2
Imagens de fauna e flora
Autoria de Iracema Azevedo Leitão
(música de Carlos & Miguel "Marquise")
quinta-feira, novembro 03, 2011
Associação de Melhoramentos de Chãos
quinta-feira, outubro 20, 2011
A força da natureza
Vão longe os tempos em que esta casa ( "A Casa do senhor Raul" ) e o seu jardim frontal eram o espelho da aldeia.
domingo, outubro 16, 2011
As " Botelhas "
(Foto enviada por Iracema Azevedo Leitão)
quarta-feira, setembro 14, 2011
Segadas (4)
Como refeições principais nas segadas, havia o “almoço” (o pequeno-almoço), a “fatiga”, a meio da manhã, o “jantar” (o almoço) por volta do meio-dia, a merenda e a ceia. Ao “almoço” podiam servir batatas com bacalhau ou uma “barranha” ou alguidar vidrado de ovos cozidos acompanhados de molho de azeite e vinagre. Se o patrão tivesse pouco azeite, era evidente que o vinagre predominaria no molho. Podiam servir sopa, e tudo acompanhado com “fatigas” (fatias) de pão centeio. A meio da manhã serviam a “fatiga”: presunto, chouriço cru, queijo, ovos fritos, pão e vinho . Ao “jantar” eram servidas migas recheadas com bacalhau, em que o pão era cortado às fatias e molhado, certamente com a água do bacalhau e enriquecido com alho e ovos cozidos, ambos às rodelas. Era costume também servir grandes barranhas ou alguidares com arroz (batatas ou massa), acompanhado de couves e pedaços de carne gorda ou entremeada de porco ou fumeiro. Na merenda eram típicas as “migas de vinho”, confeccionadas com pequenas fatias de pão centeio, vinho e açúcar. Serviam igualmente as “migas de leite” (pão, leite e açúcar), bem como as “papas doces”, confeccionadas com farinha algo grosseira de milho (o “relão”), leite e açúcar. A ceia regulava pelo “jantar”.
Segadas (3)
A feitura do rolheiro obedecia a regras, de forma a proteger o grão das chuvas e dos roedores. Colocava-se no chão do campo ceifado uma pedra alta e de boas dimensões. Os molhos iam sendo encostados em círculo à pedra com a “torada” (os toros dos caules) para baixo e as espigas para cima. Iam-se empilhando os molhos, sempre com as espigas para dentro. Na cobertura do rolheiro, acomodavam-se os molhos numa linha inclinada para o mesmo lado, com as espigas para baixo, de forma a que, se chovesse, a água pudesse escorrer.
Nos tempos em que, na aldeia, ainda havia gente para trabalhar era comum irem “ganhar o dia p’ra outrem”. E, na altura das segadas, eram frequentes as migrações de habitantes para a chamada Terra Quente, zonas situadas mais a norte, na direcção do rio Douro. Algumas dessas terras, ainda presentes na memória de alguns, são, entre outras, Relva, Marialva e Tomadia.
Na véspera, um contratador percorria a aldeia para recrutar os homens ou mulheres que quisessem ir segar para a Terra Quente. No dia da partida, saíam de manhã bem cedo, a pé, e só chegavam à noite. Dormiam no chão em palhais ou cobertos pertencentes às casas dos patrões.
Era duro o trabalho nessas terras devido à enorme extensão dos campos a ceifar (chegavam a levar duas horas para segar os dois ou três regos de um extremo ao outro do campo) e à falta de sombras que pudessem proteger do sol escaldante. Deste modo, até a refeição do meio-dia (o “jantar”) era realizada ao sol, devido à falta de árvores. Por outro lado, era frequente o patrão contratar um “picador”, ou seja, um segador experiente que serviria para “picar” ou espicaçar o pessoal, levando-os a segar mais depressa.
(Participação de Iracema Azevedo Leitão)
sábado, agosto 27, 2011
As segadas (2)
Para que a ordem reinasse durante as segadas, existia o “manegeiro”, homem que também segava, geralmente à frente, e que indicava aos homens e mulheres a sua posição no terreno e modos de proceder.
Havia duas formas de segar: “segar à socada” e “segar à roncha”. Quando as searas eram extensas e pouco acidentadas, segava-se “à socada”. Ou seja, os segadores segavam os regos não ao lado uns dos outros , pois tocar-se-iam com a seitoira e o cereal, (o que embaraçaria o trabalho), mas, sim, formando uma linha oblíqua, seguindo uns atrás dos outros sem se tocarem, mas nos regos ao lado. Quando o cereal se encontrava num “cabeço” (pequena elevação) ou numa pequena “poça”, então segava-se “à roncha”, ou seja, sem ordem e com mais liberdade.
A porção de centeio que o segador segurava na mão e cortava era a “manada”, que, por sua vez, ia deixando sobre o “restolho” (caules do centeio cortado e agarrados à terra). As manadas eram agrupadas em “gavelas” e estas em molhos. Os molhos eram atados com um “bancilho” feito com duas pequenas porções atadas pelas espigas de cereal ceifado e eram empilhados no próprio local, de forma a fazer o “rolheiro”, cujos molhos seriam, semanas mais tarde, transportados para a eira.
domingo, agosto 14, 2011
Memórias e Tradições (IV)
As segadas (as ceifas) realizavam-se em Julho e constituíam um dos pontos altos da actividade agrícola de Chãos. Eram abundantes os campos de centeio, semeado em lugares mais altos e secos, deixando as “poças” (campos mais baixos) para o cultivo especial da batata, pela sua humidade e fertilidade.
Eram dois os utensílios fundamentais usados nas segadas (e que os homens e mulheres geralmente levavam ao ombro): a “seitoira” ( a foice) e as “dedeiras”. Estas serviam para proteger os dedos da mão que segurava os caules de centeio na parte inferior e mais próximos da zona de corte da seitoira. Eram constituídas por dois “dedais” de couro, ligados por tiras igualmente de couro.. Um dos dedais era introduzido nos dedos mindinho e anelar. O outro era introduzido no dedo maior. Ficavam livres os dedos indicador e polegar . Enrolavam-se as tiras de couro ao pulso e cruzavam-se para que as dedeiras ficassem bem seguras e ligadas. Se o segador fosse esquerdino e, portanto, manejasse a seitoira com a mão esquerda, as dedeiras eram colocadas na mão direita.
Fazia-se distinção entre homens e mulheres quando “segavam a torna”, pois os homens “levavam” (segavam) três regos de cereal, enquanto que as mulheres levavam apenas dois. Curiosamente, os homens metiam o cereal do rego do meio entre as pernas e iam segando os três regos.
A aldeia e as férias
São muitas as festas populares em todas as aldeias. Animam, com muito maior afluência, os mercados semanais das segundas-feiras na Mêda, os mercados da sexta-feira e a ancestral e famosa feira anual de Trancoso. Encontram-se os familiares chegados de várias proveniências. Seria uma boa altura para este blog se dar a conhecer e intensificar publicações e temas de interesse para os nossos conterrâneos. Mas também o moderador deste blog tem estado ausente pelos mesmos motivos. Aqui desejamos boas férias e boas viagens a todos.
Não se esqueça de passar a mensagem e dar a conhecer este blog principalmente aos conterrâneos ausentes de Portugal.
E participem!
terça-feira, julho 26, 2011
O Senhor dos Aflitos
Há uns meses publicámos aqui belas imagens floridas envolvendo O Senhor dos Aflitos.
Voltamos agora com nova imagem, colhida em 10 de Junho, testemunhando a meritória obra de recuperação do pequeno jardim e d’ O Senhor dos Aflitos, que não sabemos a quem se deve. Aqui fica público reconhecimento pelo trabalho feito.
Apenas um inconveniente: o poste de electricidade a assombrar este lugar, com manifesta falta de sensibilidade, de estética e de respeito pelos mais elementares princípios de urbanismo.
Alguém (a Junta de Freguesia, por exemplo) que mande tirar aquele poste dali, com urgência e que aproveite também para mandar retirar pela base o poste dos telefones (?) plantado no campo de futebol, junto ao sitio mais nobre do calvário.
domingo, julho 03, 2011
“Associação de Melhoramentos de Chãos” - 25 anos
sábado, junho 18, 2011
Memórias e Tradições (III)
Fonte : Chãos - Relatório Linguístico, Etnográfico e Folclórico, 1971 – Iracema
Azevedo Leitão
"O S. João constitui igualmente uma festa muito alegre, agora nem tanto, como todas as festividades, devido à falta de gente jovem.
Nesse dia, a gente mais nova invade os arredores mais agrestes da aldeia para arrancar e fazer molhos de rosmaninhos e belas-luzes. Os molhos são colocados no “Tesinho” (um dos principais largos do “Povo”) e, à noite, acende-se a fogueira, que constitui o centro de atracção da festa. Simultaneamente outras fogueiras se acendem noutros recantos da aldeia.
Ao som da concertina, e à volta da fogueira, desenrola-se o baile, ao mesmo tempo que se salta por cima das labaredas para que o fumo e o cheiro intenso afastem as “cobras chocas”. Dizem que se deve saltar a fogueira pelo menos três vezes.
As pessoas mais velhas referem-se a um costume antigo característico do S. João: nesse dia, as moças solteiras levantavam-se antes de o sol raiar e iam lavar-se na água de sete nascentes ou “espulinhavam-se” ( revolteavam-se) sobre um campo de linho coberto de orvalho.
As moças solteiras ainda cortam flores de cardo, as alcachofras, e chamuscam-nas no fogo. Depois enterram-nas, deixando os caules de fora. No dia seguinte desenterram-nas e procedem a uma observação: se as ditas flores estiverem rebentadas, é sinal de que “o amor” gosta delas e lhes corresponde.
Outro costume ainda se mantém: nessa noite deita-se a clara de um ovo num copo cheio de água e, de manhã, antes do sol nascer, a pessoa irá ver a configuração que a clara tomou: a de um barco, de um caixão…,etc. O futuro dessa pessoa será ditado pelo aspecto que a clara tomar na água do copo."
sábado, junho 04, 2011
Flores silvestres e insectos (I)
Flores silvestres e insectos que podem encontrar-se localmente. Cores invulgares e a convivência de insectos e flores. Faça um passeio e, atentamente, observe as maravilhas da natureza.
(Fotos cedidas por Iracema Azevedo Leitão)
Sª de Vila Maior - 2011
Aqui publicamos as imagens que nos chegaram da Festa da Sª de Vila Maior deste ano.
Com banda de música, rancho folclórico, procissão e o renovar de tradições ancestrais.
De notar que também a imagem do padroeiro, Santo Amaro, compareceu este ano na procissão, solenizando mais a manifestação religiosa.
Agradecemos a Catarina Felício que nos cedeu as fotos agora publicadas.
domingo, maio 29, 2011
Festa de Nª Sª de Vila Maior
Hoje, último domingo de Maio, realiza-se a festa anual mais concorrida da aldeia.
Música, foguetes, cor, luz e um ambiente festivo a acordar a aldeia.
A missa campal solene no Santuário de Vila Maior.
Um pic-nic melhorado, um dia diferente, um dos poucos dias de convivio de toda a aldeia.
Espero que alguém mande fotos ou alguns segundos de filmagem, para aqui noticiar.
Um bom dia para todos!
AM
sexta-feira, maio 20, 2011
Memórias e Tradições (II)
Estas preciosas fotos reportam-se à Festa da Senhora de Vila Maior no ano de 1960.
Aqui poderão reconhecer-se muitos dos nossos conterrâneos na festa mais concorrida da aldeia.Também aqui poderemos conferir a evolução dos tempos e os cuidados trajes domingueiros.
Mais um contributo interessante para a história da aldeia.
segunda-feira, maio 16, 2011
Memórias e Tradições ( I )
(Fonte: Chãos - Relatório Linguístico, Etnográfico e Folclórico, 1971
de Iracema Azevedo Leitão)
O povo de Chãos manifesta uma grande devoção pela Senhora de Vila Maior, cuja pequena capela se situa a aproximadamente 3 km da povoação. É no último domingo de Maio que se realiza a festa em honra da santa. Para lá se ia (e se vai) a pé ou de burro, carregando as cestas com o jantar ( o almoço) e a merenda, por caminhos acidentados no meio das giestas e do granito.
Era grande a afluência de pessoas das aldeias vizinhas, à excepção de Casteição. Este facto deve-se à rivalidade entre Chãos e Casteição, rivalidade essa provocada pela própria santa. Com efeito, nos inícios do século XX, o povo já tinha uma grande fé na Senhora de Vila Maior e, na altura das grandes secas ou das grandes chuvadas, os habitantes de Chãos e de Casteição faziam procissões com lanternas da capelinha para os respectivos lugares. Um dia, os habitantes de Outeiro de Gatos roubaram a santa e levaram-na para um palhal. Por alguns não concordarem com semelhante roubo, duas pessoas encarregaram-se de a restituir à capelinha. No entanto, tal não chegou a acontecer, pois as mesmas pessoas avistaram um moleiro. Fugiram e o moleiro avisou pessoas responsáveis, que depois levaram a santa para Casteição, mas com a condição de novamente a restituírem. Tal não aconteceu e Casteição ficou, perante os habitantes de Chãos, com a fama de ter roubado a santa, que ainda aí se encontra. A santa que se venera agora foi comprada depois pelo padre Bernardo, já muito velhinho.
A fé que o povo professava pela Senhora de Vila Maior ainda se manifesta numa frase, espécie de reminiscência das preces antigas, que as crianças proferem quando não querem que chova : “Senhora de Vila Maior, leve a chuva e traig’ó sol”.
O povo ainda acredita que antigamente existiu ali uma aldeia romana, que posteriormente viria a ser abandonada devido a uma praga de formigas. Estas eram de tal ordem que mataram todas as crianças de berço que ficavam a dormir enquanto as mães trabalhavam nos campos. Por esse facto a aldeia viria a ser transplantada para uma zona mais alta – Casteição, onde se encontram, segundo alguns, vestígios romanos.
Nota: Este interessante texto foi remetido pela sua autora, Iracema Azevedo Leitão, nossa ilustre conterrânea a quem agradecemos.
segunda-feira, maio 09, 2011
"A Primavera na aldeia"
segunda-feira, abril 25, 2011
Boa Páscoa
domingo, fevereiro 06, 2011
O granito e a obra
Uma bela foto da Igreja de Chãos, a maior obra da aldeia levantada com o empenhamento de toda a povoação.
Deve ser preservada como um símbolo de unidade e fraternidade, por crentes e não crentes, com a colaboração e a inteligência dos representantes da Igreja que aqui vão exercendo a sua função espiritual, sem perder de vista o bem comum, a convivência e aproximação de todos, de boa fé e de boa vontade.
AM
segunda-feira, janeiro 17, 2011
Padroeiro
Não se esqueçam do nosso SANTO AMARO.
Bom apetite para o salchão e para a chouriça!
(Mensagem anónima)
(15.01.2011)
segunda-feira, janeiro 10, 2011
Fogueira de Natal
(Mensagem anónima)
(27-12-2010)
Nota explicativa:
Por ausência na quadra natalícia peço desculpa
ao autor deste desafio por só agora publicar esta
mensagem.
Ficamos muito a tempo de encarar este desafio
para o próximo Natal!
AM