sábado, dezembro 12, 2020

LIVRO “ CHÃOS DE MEDA “ ( Dimensões do livro: 17 cm / 24 cm; número de páginas: 360); Para aquisição, contactar a Autora: iracemaleitao@gmail.com 91 48 41 196. Foi publicado um livro com o título de “Chãos de Meda” pela nossa conterrânea Drª Iracema Leitão ( também conhecida por Iracema Azevedo Leitão). Obra de grande rigor histórico e cultural, contem muitas manifestações da cultura transmitida de geração em geração e que, doutra forma, estaria em risco de se perder. Certamente que vários aspetos dessas manifestações culturais se foram desvanecendo ao longo dos anos, perdendo-se elementos preciosos já ausentes mesmo num passado mais recente. Reporta-se e suporta-se numa “abordagem etnográfica, folclórica,linguística e histórica, seguindo, nos três primeiros itens, a metodologia da Ciência da Etnografia: recurso à observação direta, à entrevista aberta ou a testemunhos referentes à cultura material e espiritual de Chãos à data de 1971, confrontando, sempre que possível, com a atualidade (inícios do séc. XXI)”, mas abrange muitas outras vertentes. Dentro da vertente etnográfica, salientam-se as técnicas agrícolas tradicionais, a arquitetura, modo de se vestir e alimentar,bem como a alguns rituais da vida observados no nascimento, no casamento ou na morte. No campo do Folclore, tradicionalmente mais ligado à parte espiritual, inserimos aspetos da religiosidade do povo de Chãos, as suas crenças e superstições, canções e orações. Além do enquadramento geográfico e administrativo, faz um importante enquadramento histórico, dando relevo ao estudo da evolução da população de Chãos comparativamente com a de Casteição. Daí o recurso à análise dos Registos Paroquiais de Baptismos e de Óbitos (séc.s XVII a séc. XX), bem como aos diversos Censos da População. Obra de relevante e surpreendente sentido cultural, histórico e etnográfico, centrada numa localidade ( Chãos de Meda ), contem uma abordagem global das localidades limítrofes de Casteição e Prova, mas também tocante das aldeias limítrofes e do concelho de Meda, pelo que se torna uma referência, sem dúvida, para os fregueses de Casteição, Prova e para toda a moldura global do concelho de Mêda. Recomendamos vivamente esta obra marcante, que nos reporta desde há alguns séculos até à atualidade, e sensibilizará especialmente todos os conterrâneos, mas também, seguramente, as pessoas do concelho de Meda e, de um modo geral, as vivências da nossa Beira Alta profunda.

sábado, julho 27, 2019

 
Festa de Nª. Senhora de Vila Maior 2019
Como é tradição, realizou-se mais uma festa em honra de Nossa Senhora de Vila Maior, no Domingo, 26 de Maio. Aqui ficam algumas fotos enviadas a este blog e que nos permitem dar notícia de tal realização e do ambiente vivido, uma vez mais, naquele local de grande significado para a nossa aldeia.
Aqui fica, desta forma, um especial louvor a todos os que pelo seu trabalho e empenho têm conseguido manter este marco importante na vida da aldeia de Chãos, especialmente aos Mordomos que têm elevado e mantido esta festa que constitui um encontro de muitos naturais e amigos da nossa aldeia!
Salientamos, nas imagens abaixo publicadas, a participação da Banda Filarmónica do Aveloso e o Rancho Folclórico das Arnas.   Não faltou o fogo de artifício, alegrando e marcando o dia festivo na aldeia.
Desfilaram  no chão também sagrado com os passos dos nossos pais, avós e muitos outros antepassados, em marcante procissão os vistosos andores de Nª Senhora de Vila Maior, Santo Amaro e ainda de Nª Senhora de Fátima.
 
 
 
 
















Agradecemos, mais uma vez, à nossa ilustre conterrânea Iracema Leitão,  estas belas fotos.

P.S.: Por razões técnicas e motivo de férias,
só nesta data foi possível efectuar esta publicação.

segunda-feira, dezembro 24, 2018

Natal 2018

( Imagem de Iracema Azevedo Leitão )
 
Para todos os naturais e amigos da aldeia de Chãos e suas Famílias,
aqui ficam os votos de um Bom Natal e Feliz Ano Novo.
Antero Monteiro

terça-feira, junho 05, 2018

Festa de Nª. Senhora de Vila Maior
No cumprimento da tradição, realizou-se mais uma festa em honra de Nossa Senhora de Vila Maior, no Domingo, 27 de Maio. Aqui ficam algumas fotos enviadas a este blog e que nos permitem dar notícia de tal realização e do ambiente vivido, uma vez mais, naquele local de grande significado para a nossa aldeia e seus naturais. É uma festa  que, como sempre, dignifica a nossa comunidade e por isso é um prazer fazer eco da mesma.
Aqui fica desta forma um especial louvor a todos os que pelo seu trabalho e dedicação têm conseguido manter este marco importante na vida da aldeia de Chãos!
 






 
Obrigado, mais uma vez, Iracema Leitão, por estas belas fotos e mais este contributo.

sábado, dezembro 23, 2017

FELIZ NATAL E BOM ANO DE 2018
 
(Autoria:  Iracema Leitão)
 (Clique em cima da imagem para ampliar)

O tempo não para. Mais um Natal e outro ano se aproximam.
A todos os naturais e amigos da nossa aldeia e suas famílias
desejamos Boas Festas e um Feliz Ano Novo, com
saúde e alegria no ano de 2018!  
 

sábado, maio 27, 2017

Festa da Senhora de Vila Maior
Cumprindo a tradição, realiza-se no próximo domingo, dia 28 de Maio, a festa anual promovida desde sempre pela Aldeia de Chãos, que reúne grande número de pessoas e conta com a animação  habitual:
Música, fogo de artifício, missa no local e certamente um bom pic-nic, à sombra das árvores que rodeiam o Santuário.
O tempo estará fresco e com algumas nuvens, mas sem chuva, segundo as previsões (que pode consultar neste blog clicando na imagem do sol - lado direito).


 
Desejamos a todos os que comparecerem um dia agradável junto de amigos e família, e que corresponda às vossas melhores expectativas.
Antero Monteiro
 

domingo, dezembro 25, 2016

 
Boas Festas e Feliz Ano Novo
 
(Autoria: Iracema Azevedo Leitão)
 
 


segunda-feira, outubro 31, 2016

 Época das castanhas

(Fotos AM)
 
Depois de longa ausência, voltei à nossa aldeia e repeti a tradição de assar as belas castanhas que por aqui constituem uma das maiores e mais antigas riquezas agrícolas.
Importante tradição que beneficia agora de novas técnicas e equipamentos inexistentes na minha infância. A receita é fácil:
Lavam-se as castanhas; faz-se um corte no dorso da castanha de lado a lado; um punhado de sal grosso por cima das mesmas; forno com elas a contento (cerca de 40 minutos).
Acompanhe com jeropiga local ou a bagaceira tradicional!
Antero Monteiro

sábado, dezembro 26, 2015

Bom Natal e Feliz Ano de 2016 !


domingo, setembro 13, 2015

Agosto na Aldeia de Chãos




Visitar a aldeia nesta época, é sempre uma agradável surpresa.
As árvores oferecem-nos a cada passo os seus mais variados frutos.
Encontram-se as pessoas amigas que, mesmo quando próximas, vemos poucas vezes. Confrontamo-nos a cada momento com as nossas memórias de infância e as nossas raízes. Ficamos uma vez mais no nosso centro do mundo, cada vez mais vasto e acessível aos nossos meios de comunicação.
Quando puder não deixe de viver e reviver a sua aldeia.

domingo, maio 31, 2015

Nª Sª de Vila Maior



 
(Fotos AM)
Com sol e temperaturas moderadas, celebra-se hoje a  festa mais emblemática da nossa aldeia. Boa festa para todos os conterrâneos e amigos que, como habitualmente, hão de encher  este recinto, num planalto desafogado e com paisagem grandiosa.

sábado, janeiro 03, 2015

Feliz ano 2015



(Foto AM)
Tempo de inverno e lareira. O típico frio da aldeia, a anunciar mais um ano. Votos de saúde e bem estar para todos, neste ano de 2015.
 AM

domingo, dezembro 21, 2014

Feliz Natal a todos os naturais e amigos de Chãos e suas Famílias



(Fotos AM)
Nesta época de reunião de Famílias e de bons encontros, também de maior religiosidade, aqui ficam os votos de Bom Natal e Feliz Ano Novo, com boas viagens e saúde, para todos os nossos conterrâneos e amigos, onde quer que se encontrem.
Aqui ficam também duas fotos da Igreja de Chãos ou Igreja de Santo Amaro, um símbolo da comunidade.
Antero Monteiro

terça-feira, setembro 30, 2014

Lagares ou lagaretas rupestres

Ao falar da história do vinho, mais propriamente do seu fabrico, não podemos deixar de referir os lagares, lagaretas ou lagariças rupestres, abundantes em toda a zona do Mediterrâneo. Em Portugal situam-se essencialmente no Centro e Norte do país, muito em particular nas Beiras (onde o granito domina) e na região do Douro. São reservatórios ligeiramente inclinados e cravados pela mão do homem numa rocha com alguma elevação, de forma retangular, quadrada ou redonda e que serviriam para a pisa das uvas e a recolha do mosto.
Normalmente designam-se por lagares os reservatórios quadrados ou retangulares
de maior dimensão e maior profundidade. As lagaretas serão mais pequenas e pouco profundas. Estas construções são constituídas por uma pia, como acima se disse ligeiramente inclinada e de forma retangular, quadrada ou redonda, onde se esmagavam as uvas, um canal de escoamento e, em vários casos, um pio (ou até dois), onde caía o líquido. Quando não existe o pio, deduz-se que o mosto seria recolhido em vasilhas de madeira ou de cerâmica.
Nalguns casos, estes lagares possuíam uns buracos de poste que se pensa servirem para suportar uma estrutura de madeira para a prensagem das uvas.
Não existem certezas sobre a data de construção ou utilização destes lagares rupestres, visto escassearem vestígios arqueológicos nas zonas envolventes. Apontam-se ligeiras hipóteses de que os Romanos tivessem algo a ver com estes engenhos, mas há estudiosos que se inclinam para épocas mais tardias (séc. VIII, IX,X).
Em Chãos são conhecidas duas lagaretas: uma situada perto de um moinho nas margens da ribeira Teja; a outra situada numa vinha do vale dos Canais (ver fotos abaixo).
 
Lagareta da zona dos moinhos – possui uma pia ligeiramente inclinada, de forma retangular um pouco irregular. O canal de escoamento é bem visível, mas não possui nenhum pio. No entanto, existe altura suficiente por baixo do "bico" para colocação de vasilhas (ver fotos – fig 1 e 2).

Lagareta dos Canais – Levantam-se algumas dúvidas sobre se este reservatório será realmente uma lagareta. Possui uma larga pia picada à mão, mas não se deteta o canal de escoamento. No entanto, do lado nascente, existem rasgos e fissuras na rocha que porventura poderiam servir de canal natural. Além disso, observa-se um pormenor importante: a existência de dois buracos de poste, um frente ao outro e que supostamente serviriam de apoio a estruturas para prensagem das uvas (ver fotos – fig 3 e 4).

 
(Texto e fotos de Iracema Leitão)

 Lagareta dos Canais
 

domingo, agosto 31, 2014

Pequena história da vinha e do vinho em Portugal - II

Com o Renascimento, o vinho associa-se ao fenómeno da Expansão Portuguesa (séc. XV a XVII). Era comum o transporte de vinho nas naus e galeões para consumo durante seis longos meses de ida e vinda, especialmente para a India e Brasil. Algum desse vinho regressava a Portugal, não chegando a ser consumido e a ele se dava o nome de vinho de "Roda" ou de "Torna viagem". Curioso que esse vinho era depois vendido a preços exorbitantes, dada a excelente qualidade que adquiria, segundo se pensa, nas altas temperaturas dos porões submersos aquando da dupla travessia do Equador. Estas experiências vieram a contribuir para o desenvolvimento de técnicas posteriores.

No século XVIII, a exportação de vinhos para a Inglaterra conheceu um novo desenvolvimento devido à assinatura do Tratado de Methwen entre os dois países. Nesta época, a vitivinicultura em Portugal viria a sofrer a influência da forte personalidade do Marquês de Pombal, a ele se devendo a criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro. Desta forma, pensa-se que foi esta personagem que criou a primeira região demarcada de vinhos no mundo.

Apesar desta prosperidade, no séc. XIX a cultura da vinha passou por um período difícil devido a uma praga (a filoxera) que, começando na região do Douro, rapidamente alastrou para o resto do país, à excepção da região de Colares, por ser dotada de um terreno arenoso. A solução, no geral, foi arrancar as cepas e plantar novas enxertias. As dificuldades foram suplantadas e, no séc. XX, a produção de vinho ganhou novo alento e prestígio até aos dias de hoje, podendo mesmo afirmar-se que podemos competir em qualidade com qualquer região do mundo.

(Texto de Iracema Azevedo Leitão)

 
 




 

Pequena história do vinho e da vinha em Portugal I

 Fig. 1 - Lagareta junto a um moinho, nas margens da Teja.Cravadas na rocha pela mão humana, nestes engenhos se pisavam as uvas, em tempos remotos.

Fig. 2 - Pormenor do canal de escoamento da lagareta junto ao moinho.

 Pensa-se que a cultura da vinha na Península Ibérica terá sido iniciada nos vales do Tejo e Sado pelos Tartessos cerca de 2000 anos antes de Cristo. Nos séculos seguintes, os Fenícios (séc. X a.c.) terão trazido castas de videiras para terras  da Lusitânia, seguindo-se, no séc.VII a.c., os Gregos, e os Celtas no séc. VI a. c. Os Gregos ganharam fama na forma de fazer o vinho.
A vinda dos Romanos (194 a.c.) veio trazer um enorme desenvolvimento na cultura da vinha, sobretudo devido ao aumento do consumo de vinho em Roma. Após a queda do Império Romano e já com a implantação do Cristianismo (séc. VI e VII depois de Cristo), o vinho tornou-se essencial nas cerimónias do acto da Eucaristia.
Com a vinda dos Árabes (séc. VIII d.c.), apesar de o Corão proibir o uso de bebidas fermentadas, a produção e uso do vinho não foi vedada pelos soberanos árabes, mesmo no Algarve, onde este povo se manteve mais de cinco séculos. Mais tarde, a cultura árabe iria refrear um pouco a produção desta bebida.
Na Idade Média (séc. XII, XIII e XIV), a cultura da vinha ganha novo impulso, tornando-se o vinho um elemento importante na dieta dos portugueses. As exportações aumentaram e tudo em parte devido ao trabalho das Ordens religiosas. Os vinhos portugueses registaram enorme renome, inclusive no Norte da Europa.
 
(Texto e fotos de Iracema Azevedo Leitão)

quinta-feira, junho 05, 2014

Festa de Nª Senhora de Vila Maior


Uma vez mais, no último domingo de Maio, realizou-se a festa anual mais concorrida da aldeia. Houve missa solene campal e procissão,  no Santuário de Nª Senhora de Vila Maior, local privilegiado, com uma paisagem desassombrada e ampla.

Música, foguetes, cor, luz e um ambiente festivo agitou a aldeia de Chãos  e as aldeias vizinhas.

Oportunidade para um pic-nic especial, um dia diferente, um dia de convívio de toda a aldeia, com a presença de muitos conterrâneos que acorrerram, vindos das mais diversas paragens, do país e estrangeiro.

Pelas imagens que nos chegaram, verificou-se a continuidade da tradição, mas também alguma inovação com novas e louváveis iniciativas.

Temos a informação de que este ano foram mordomos da festa Eléonore Guerra, Rodolfo Guerra, Andrea Guerra, Daniel Sobral, André e Ana Cláudia Cruz.

Aqui publicamos algumas fotografias que nos foram remetidas por Eléonore Guerra - a quem se agradece o contributo - para que todos, presentes ou ausentes, tenham a possibilidade de ver e rever esta bela manifestação da nossa aldeia. Publicaremos em breve outras fotos.
Em tempo: Uma selecção mais alargada das fotos tiradas durante a festa , será exposta gratuitamente nos Chãos no próximo mês de Agosto.





E algumas manifestações inovadoras: