domingo, dezembro 21, 2014

Feliz Natal a todos os naturais e amigos de Chãos e suas Famílias



(Fotos AM)
Nesta época de reunião de Famílias e de bons encontros, também de maior religiosidade, aqui ficam os votos de Bom Natal e Feliz Ano Novo, com boas viagens e saúde, para todos os nossos conterrâneos e amigos, onde quer que se encontrem.
Aqui ficam também duas fotos da Igreja de Chãos ou Igreja de Santo Amaro, um símbolo da comunidade.
Antero Monteiro

terça-feira, setembro 30, 2014

Lagares ou lagaretas rupestres

Ao falar da história do vinho, mais propriamente do seu fabrico, não podemos deixar de referir os lagares, lagaretas ou lagariças rupestres, abundantes em toda a zona do Mediterrâneo. Em Portugal situam-se essencialmente no Centro e Norte do país, muito em particular nas Beiras (onde o granito domina) e na região do Douro. São reservatórios ligeiramente inclinados e cravados pela mão do homem numa rocha com alguma elevação, de forma retangular, quadrada ou redonda e que serviriam para a pisa das uvas e a recolha do mosto.
Normalmente designam-se por lagares os reservatórios quadrados ou retangulares
de maior dimensão e maior profundidade. As lagaretas serão mais pequenas e pouco profundas. Estas construções são constituídas por uma pia, como acima se disse ligeiramente inclinada e de forma retangular, quadrada ou redonda, onde se esmagavam as uvas, um canal de escoamento e, em vários casos, um pio (ou até dois), onde caía o líquido. Quando não existe o pio, deduz-se que o mosto seria recolhido em vasilhas de madeira ou de cerâmica.
Nalguns casos, estes lagares possuíam uns buracos de poste que se pensa servirem para suportar uma estrutura de madeira para a prensagem das uvas.
Não existem certezas sobre a data de construção ou utilização destes lagares rupestres, visto escassearem vestígios arqueológicos nas zonas envolventes. Apontam-se ligeiras hipóteses de que os Romanos tivessem algo a ver com estes engenhos, mas há estudiosos que se inclinam para épocas mais tardias (séc. VIII, IX,X).
Em Chãos são conhecidas duas lagaretas: uma situada perto de um moinho nas margens da ribeira Teja; a outra situada numa vinha do vale dos Canais (ver fotos abaixo).
 
Lagareta da zona dos moinhos – possui uma pia ligeiramente inclinada, de forma retangular um pouco irregular. O canal de escoamento é bem visível, mas não possui nenhum pio. No entanto, existe altura suficiente por baixo do "bico" para colocação de vasilhas (ver fotos – fig 1 e 2).

Lagareta dos Canais – Levantam-se algumas dúvidas sobre se este reservatório será realmente uma lagareta. Possui uma larga pia picada à mão, mas não se deteta o canal de escoamento. No entanto, do lado nascente, existem rasgos e fissuras na rocha que porventura poderiam servir de canal natural. Além disso, observa-se um pormenor importante: a existência de dois buracos de poste, um frente ao outro e que supostamente serviriam de apoio a estruturas para prensagem das uvas (ver fotos – fig 3 e 4).

 
(Texto e fotos de Iracema Leitão)

 Lagareta dos Canais
 

domingo, agosto 31, 2014

Pequena história da vinha e do vinho em Portugal - II

Com o Renascimento, o vinho associa-se ao fenómeno da Expansão Portuguesa (séc. XV a XVII). Era comum o transporte de vinho nas naus e galeões para consumo durante seis longos meses de ida e vinda, especialmente para a India e Brasil. Algum desse vinho regressava a Portugal, não chegando a ser consumido e a ele se dava o nome de vinho de "Roda" ou de "Torna viagem". Curioso que esse vinho era depois vendido a preços exorbitantes, dada a excelente qualidade que adquiria, segundo se pensa, nas altas temperaturas dos porões submersos aquando da dupla travessia do Equador. Estas experiências vieram a contribuir para o desenvolvimento de técnicas posteriores.

No século XVIII, a exportação de vinhos para a Inglaterra conheceu um novo desenvolvimento devido à assinatura do Tratado de Methwen entre os dois países. Nesta época, a vitivinicultura em Portugal viria a sofrer a influência da forte personalidade do Marquês de Pombal, a ele se devendo a criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro. Desta forma, pensa-se que foi esta personagem que criou a primeira região demarcada de vinhos no mundo.

Apesar desta prosperidade, no séc. XIX a cultura da vinha passou por um período difícil devido a uma praga (a filoxera) que, começando na região do Douro, rapidamente alastrou para o resto do país, à excepção da região de Colares, por ser dotada de um terreno arenoso. A solução, no geral, foi arrancar as cepas e plantar novas enxertias. As dificuldades foram suplantadas e, no séc. XX, a produção de vinho ganhou novo alento e prestígio até aos dias de hoje, podendo mesmo afirmar-se que podemos competir em qualidade com qualquer região do mundo.

(Texto de Iracema Azevedo Leitão)

 
 




 

Pequena história do vinho e da vinha em Portugal I

 Fig. 1 - Lagareta junto a um moinho, nas margens da Teja.Cravadas na rocha pela mão humana, nestes engenhos se pisavam as uvas, em tempos remotos.

Fig. 2 - Pormenor do canal de escoamento da lagareta junto ao moinho.

 Pensa-se que a cultura da vinha na Península Ibérica terá sido iniciada nos vales do Tejo e Sado pelos Tartessos cerca de 2000 anos antes de Cristo. Nos séculos seguintes, os Fenícios (séc. X a.c.) terão trazido castas de videiras para terras  da Lusitânia, seguindo-se, no séc.VII a.c., os Gregos, e os Celtas no séc. VI a. c. Os Gregos ganharam fama na forma de fazer o vinho.
A vinda dos Romanos (194 a.c.) veio trazer um enorme desenvolvimento na cultura da vinha, sobretudo devido ao aumento do consumo de vinho em Roma. Após a queda do Império Romano e já com a implantação do Cristianismo (séc. VI e VII depois de Cristo), o vinho tornou-se essencial nas cerimónias do acto da Eucaristia.
Com a vinda dos Árabes (séc. VIII d.c.), apesar de o Corão proibir o uso de bebidas fermentadas, a produção e uso do vinho não foi vedada pelos soberanos árabes, mesmo no Algarve, onde este povo se manteve mais de cinco séculos. Mais tarde, a cultura árabe iria refrear um pouco a produção desta bebida.
Na Idade Média (séc. XII, XIII e XIV), a cultura da vinha ganha novo impulso, tornando-se o vinho um elemento importante na dieta dos portugueses. As exportações aumentaram e tudo em parte devido ao trabalho das Ordens religiosas. Os vinhos portugueses registaram enorme renome, inclusive no Norte da Europa.
 
(Texto e fotos de Iracema Azevedo Leitão)

quinta-feira, junho 05, 2014

Festa de Nª Senhora de Vila Maior


Uma vez mais, no último domingo de Maio, realizou-se a festa anual mais concorrida da aldeia. Houve missa solene campal e procissão,  no Santuário de Nª Senhora de Vila Maior, local privilegiado, com uma paisagem desassombrada e ampla.

Música, foguetes, cor, luz e um ambiente festivo agitou a aldeia de Chãos  e as aldeias vizinhas.

Oportunidade para um pic-nic especial, um dia diferente, um dia de convívio de toda a aldeia, com a presença de muitos conterrâneos que acorrerram, vindos das mais diversas paragens, do país e estrangeiro.

Pelas imagens que nos chegaram, verificou-se a continuidade da tradição, mas também alguma inovação com novas e louváveis iniciativas.

Temos a informação de que este ano foram mordomos da festa Eléonore Guerra, Rodolfo Guerra, Andrea Guerra, Daniel Sobral, André e Ana Cláudia Cruz.

Aqui publicamos algumas fotografias que nos foram remetidas por Eléonore Guerra - a quem se agradece o contributo - para que todos, presentes ou ausentes, tenham a possibilidade de ver e rever esta bela manifestação da nossa aldeia. Publicaremos em breve outras fotos.
Em tempo: Uma selecção mais alargada das fotos tiradas durante a festa , será exposta gratuitamente nos Chãos no próximo mês de Agosto.





E algumas manifestações inovadoras:


domingo, junho 01, 2014

Festa de Nª Sª de Vila Maior - 25 de Maio

 
(Clique em cima para ver em tamanho normal)
 
Realizou-se no domingo passado - 25-05-2014 -  mais uma festa de Nª Senhora de Vila Maior, com a animação e iniciativas que podemos constatar  do cartaz que publicamos acima, que nos foi enviado por Eléonore Guerra, a quem agradecemos a notícia.
Em breve publicaremos algumas fotografias a ilustrar a mencionada festa.
Antero Monteiro
 
 

segunda-feira, maio 12, 2014

Melhoramentos na aldeia

(Muro da"Casa do Sr. Raul")
 

(Estacionamento e local de viragem ao fundo da aldeia)
 
 


(Forno - uma placa condigna)

Aproveitando um curto período de lazer na aldeia, aqui dou conta de três melhoramentos para a imagem da aldeia, que se saúdam.
Aos promotores de tais obras, públicas e privadas, aqui se presta o reconhecimento devido.

Antero Monteiro


sábado, abril 19, 2014

Páscoa 2014

(Autoria: Iracema Leitão)
 
"A Páscoa constituía uma festa importante para os habitantes de Chãos. Era nessa altura que, no forno comunitário, se coziam os "bolos" (em muitas zonas do país apelidados de "folares"), feitos essencialmente de farinha, ovos e azeite, e que todos os padrinhos tinham o dever de oferecer aos seus afilhados."
....
(Excerto de uma interessante publicação sobre a tradição da Páscoa, da autoria de Iracema Azevedo Leitão,   que poderá ser lida neste blog por ocasião da Páscoa de 2012).
 
Páscoa Feliz para todos os naturais e amigos de Chãos.
 

domingo, março 09, 2014

Algumas fotos da aldeia

(Igreja de Santo Amaro)


(Foto tirada da zona do Pocinho)
(Junto ao Senhor dos Aflitos)


(vista parcial das Eiras )


Aqui se publicam algumas fotos, com diferentes perspectivas da aldeia, para apreciação dos visitantes do blog.
SE tiver fotos que queira ver publicadas dos recantos da aldeia envie para o email do blog!
AM

quinta-feira, janeiro 16, 2014

Festa de SANTO AMARO e almoço de convívio oferecido pela União das Freguesias de Prova e Casteição

 
(Igreja de Chãos - ao fundo, imagem de Santo Amaro, padroeiro da aldeia)
 No próximo domingo, dia 19 de Janeiro, vai ser festejado o Santo Amaro, com missa e as festividades habituais.
Será realizado um almoço de convívio dos naturais de Chãos e seus familiares, promovido pela União das Freguesias de Prova e Casteição, a realizar na Casa do Povo.
Caso possa comparecer e fruir esta jornada de convívio, sem qualquer custo, convirá, por razões logísticas, informar da sua comparência.
(Informação prestada pelo nosso conterrâneo Jorge Silva, que muito agradecemos)  
AM
 

quarta-feira, janeiro 01, 2014

ANO 2014



Mais um ano que chega!
 
Os tempos que vivemos e o abandono cada vez mais sentido das terras de interior não auguram grandes melhorias. Valha-nos o poder local!
Não se poderá esperar grande melhoria ou boas perspectivas no ano de 2014, tendo por base a acção desenvolvida pelos actuais governantes.
Mas é com esperança que cada um de nós deve encarar um novo ano e, como sempre, desejamos a todos os naturais e amigos de Chãos e a todos os visitantes deste blog, muitos deles de outros Países,
UM EXCELENTE ANO DE 2014,
em especial nos aspectos familiares, de saúde e sucesso pessoal e profissional !