terça-feira, fevereiro 21, 2012

O Entrudo


O “Entrudo”ou “Intrudo” era o termo com que se designava o Carnaval. Na véspera, os rapazes tinham por costume “deitar as pulhas”. Este divertimento consistia em casar as moças do lugar, num ambiente de total liberdade para quase tudo dizer ou fazer, como, por exemplo, anunciar o casamento de uma moça rica com um rapaz pobre, etc. Para isso, à noite, colocava-se cada rapaz num canto da aldeia e, com uns funis de vinho, apregoavam bem alto os casamentos e as respectivas prendas bem disparatadas.
Simultaneamente emitiam e repetiam fortemente uns sons fechados em “u”, num conjunto de cinco ( hu!hu!hu!hu!hu!!!...), sendo o primeiro mais forte e decrescendo até ao último mais fraco. Eram as chamadas “arrefufadelas”, que se sucediam durante toda a noite e por todos os cantos da aldeia, para que todos ouvissem.
Também havia o costume de, à noite, lançarem “bugalhos” dos carvalhos para dentro das casas, num momento de distração dos respectivos donos.
No próprio “Dia do Entrudo”, os “entrudeiros” passeavam-se pelas ruas da aldeia, usando da liberdade que o dia lhes conferia para brincarem e perseguirem os adultos e sobretudo as crianças apavoradas. Vestiam roupas mais fora do vulgar, como saias compridas, lenços, calças (para as mulheres, em especial), chapéus ou bengalas. No início, não tapavam a cara, segundo alguns, mas depois tornou-se hábito taparem-na com uma toalha ou naperon rendado Este subterfúgio promovia uma maior liberdade por parte dos “entrudeiros”, bem como a curiosidade dos “espectadores”em adivinharem quem se esconderia por baixo daquelas calças ou saias, dificuldade acrescida visto que os mesmos, de propósito, não proferiam uma única palavra.


Texto de Iracema Azevedo Leitão

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Brasil

Muitos foram os naturais de Chãos que rumaram ao Brasil no século passado.
Aqui transcrevemos um mail recebido do Brasil, de um cidadão brasileiro e esposa que têm família em Chãos, para conhecimento de eventuais familiares, que nos remeteu um comentário que poderão consultar em "A Casa do Senhor Raul":

" Sou Brasileiro. moro no Brasil,sou filho da senhora Florina da familia neves. ja falecida.devo ir a Portugal no mes 07/2012. devo visitar o Chãos com a minha esposa Maria Alice tambem nascida ai em Portugal na cidade de Viseu,devo visitar a minha prima Armandina que vive ai no Chaõs. abraços a todos.Armando D'Almeida vila Matilde São Paulo Brasil."


P.S.- Espero comentários dos familiares ou dos próprios que por este meio comuniquem. Tenho ideia de ouvir falar no nome Florinda, mas creio não ser do meu tempo. Alguém pode esclarecer?

domingo, fevereiro 05, 2012

Foto antiga


Aqui fica uma foto, ainda a preto e branco, com algumas décadas, para comparação com a actualidade.
Verifique as alterações, nomeadamente com a foto que serve de entrada ao blog.
AM